segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Capítulo I Caindo de Joelhos


Se a palavra bruxa o faz pensar numa velha com uma verruga no nariz, que conversa com um gato e sai nas noites de lua-cheia montada numa vassoura, é preciso saber que essa imagem representa um conceito arbitrário, talvez de valor folclórico, mas sem qualquer correspondência com a realidade. E se o conceito implicar um fato ou um tipo de pessoas pertencentes ao passado, o divórcio da realidade é pior ainda.

A feitiçaria é coisa que vem da mais remota antiguidade e persiste até aos nossos dias, como uma força religiosa que tem resistido ao longo de séculos.

Ainda que não acreditem, as bruxas de hoje podem usar minissaia e unir-se, na prática de seus estranhos e antigos rituais, a donas de casa normais e homens de negócios dinâmicos.
Eu sou um exemplo claro disso. Ao longo de 28 anos fui funcionário público, empresário e funcionário de uma das maiores instituições financeiras do mundo... e era um bruxo.

Mas isso tudo mudou!

Se alguém, algum dia dissesse que eu entraria em uma das sedes da IGREJA, no mínimo eu diria que a pessoa teria enlouquecido, ou até mesmo coisa pior. Ao longo de 28 anos de Ocultismo, tendo visto e vivido um pouco de tudo do sobrenatural, a IGREJA seria a minha última escolha.

Hoje eu compreendo muito bem as razões pelas quais muitos chamam a Igreja dirigida pelo Bispo E.M como sendo “a última porta”. E não vejo mais de forma pejorativa ou depreciativa, mas com o conhecimento de causa, compreendendo que é sim a última porta. Não fosse pelo fato de ser a Igreja que nunca fecha (em todas as capitais suas catedrais funcionam 24 horas por dia), seus atendimentos espirituais por telefone a qualquer momento, seus pastores sempre dispostos a ir aonde ninguém iria ou fazer o que ninguém faria pessoas necessitadas, depois de recorrerem a todos os tipos de atendimento espiritual, acabam encontrando sua verdadeira ajuda numa IGREJA.

Hoje, passo horas analisando os acontecimentos de minha vida, sem sentimentos negativos ou positivos. Uma análise inteligente de tudo o que passei em minha vida e em como se deu minha conversão.

Tento me entender a partir da mente de Deus. Busco a inspiração do Espírito Santo para compreender todos os eventos que culminaram com o abandono inexorável de toda uma vida, e mesmo de uma Fé verdadeira, mas direcionada a Deuses errados e a práticas equivocadas.

A primeira reação do ser humano ao se deparar com novas situações, principalmente aquelas que o faz ter que analisar sua vida, aquilo que chamo como “ponto de ruptura”, quando rompemos com crenças e certezas, é a de buscar a CULPA em alguém ou em algo. Inicialmente, como novo convertido, quando só tinha tido um encontro rápido, mas marcante com Deus, cheguei a culpar a esse mesmo Deus. Questionava-me as razões pelas quais, esse novo Deus, tão cheio de misericórdia teria permitido a que eu vivesse durante tanto tempo na ignorância das trevas. Por que eu teria que aprender tanto, lidar com tantas coisas as quais poucos teriam lidado pisar em terrenos obscuros e achar que possuía alguma Iluminação? Num segundo momento tive que assumir essa ignorância, e dessa vez me culpei.

Nesse processo doloroso, mas necessário, hoje eu SEI que realmente Deus tem um propósito na vida de cada um de seus filhos. E comigo não seria diferente.

Hoje sei que tinha que passar por tudo que passei. Tinha de “encher meu vaso” com o conhecimento que muitos querem outros tanto temem e muito poucos alcançam, pois esse mesmo Deus precisaria de mim como seu Espião, como alguém que pudesse através de sua conversão verdadeira, alertar e instruir o povo escolhido com o conhecimento do Mal. Afinal, como encontramos em Oséas 4:6 “O meu povo perece por falta de conhecimento”.

Esse sentimento de ter sido “usado” por Deus durante toda uma vida não só me trouxe uma paz interior como me dotou de uma responsabilidade gigantesca. Fazer a Obra de Deus é algo maravilhoso. Ser servo é um privilégio que deveria ser de todos, mas poucos o assumem. E pode-se ser servo de várias formas. O Altar é uma delas. Escrever livros que elucidem ao povo de Deus é outra. Estar em um programa de televisão que tem como objetivo principal instruir e alertar contra o mesmo Mal que vivi por tanto tempo, também é uma forma de realizar a Obra. E não existe distinção no serviço de Deus. Seja administrativamente, filosoficamente, em funções de atendimento, um Bispo, um Pastor, um Obreiro, um Evangelista, um membro ou um funcionário da Igreja, todos tem seu papel necessário na Obra de Deus, e cada um é uma peça fundamental nessa engrenagem complexa criada pelo próprio Deus.

Trocando em miúdos: Depois de um bom tempo de questionamentos íntimos, e quando digo íntimos eram divididos apenas com Deus, recebi a misericórdia e o consolo maravilhosos do Espírito Santo, finalmente compreendendo meu papel em todo esse complicado, mas perfeito plano de Deus.

Nas próximas páginas eu vou leva-lo a conhecer como eu literalmente “caí de joelhos” à presença e ao poder de Deus. Como eu, que antes buscava erros na palavra de Deus, consegui encontrar todas as respostas. Como essa mudança radical de Fé afetou minha vida em todos os aspectos e todo o longo processo de 28 anos para chegar a conhecer a Verdade.

Para chegar até esse momento passei por sofrimentos nas mais de 40 iniciações em ordens e religiões, visitei literalmente a porta do inferno (literalmente, pois estive de frente a mesma), como perdi a vida de meu querido sogro (que era mais que um pai) para os demônios, e como abri mão de TUDO, títulos, dinheiro, fama e posição, tudo para me tornar um simples servo do Senhor Jesus Cristo.


Só posso esperar que essa obra sirva como um “manual”.  Não só para os que já se encontram na obediência da Palavra de Deus, mas como um guia encorajador para aqueles que um dia como eu, estiveram perdidos e que desejam encontrar o caminho para nascerem do Deus Vivo e Verdadeiro.

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