Se a palavra bruxa o faz pensar numa velha com uma
verruga no nariz, que conversa com um gato e sai nas noites de lua-cheia
montada numa vassoura, é preciso saber que essa imagem representa um conceito
arbitrário, talvez de valor folclórico, mas sem qualquer correspondência com a
realidade. E se o conceito implicar um fato ou um tipo de pessoas pertencentes
ao passado, o divórcio da realidade é pior ainda.
A feitiçaria é coisa que vem da
mais remota antiguidade e persiste até aos nossos dias, como uma força
religiosa que tem resistido ao longo de séculos.
Ainda que não acreditem, as
bruxas de hoje podem usar minissaia e unir-se, na prática de seus estranhos e
antigos rituais, a donas de casa normais e homens de negócios dinâmicos.
Eu sou um exemplo claro disso. Ao
longo de 28 anos fui funcionário público, empresário e funcionário de uma das
maiores instituições financeiras do mundo... e era um bruxo.
Mas isso tudo mudou!
Se alguém, algum dia dissesse que
eu entraria em uma das sedes da IGREJA, no mínimo eu diria que a
pessoa teria enlouquecido, ou até mesmo coisa pior. Ao longo de 28 anos de
Ocultismo, tendo visto e vivido um pouco de tudo do sobrenatural, a IGREJA seria
a minha última escolha.
Hoje eu compreendo muito bem as
razões pelas quais muitos chamam a Igreja dirigida pelo Bispo E.M como
sendo “a última porta”. E não vejo mais de forma pejorativa ou depreciativa,
mas com o conhecimento de causa, compreendendo que é sim a última porta. Não
fosse pelo fato de ser a Igreja que nunca fecha (em todas as capitais suas
catedrais funcionam 24 horas por dia), seus atendimentos espirituais por
telefone a qualquer momento, seus pastores sempre dispostos a ir aonde ninguém
iria ou fazer o que ninguém faria pessoas necessitadas, depois de recorrerem a
todos os tipos de atendimento espiritual, acabam encontrando sua verdadeira
ajuda numa IGREJA.
Hoje, passo horas analisando os
acontecimentos de minha vida, sem sentimentos negativos ou positivos. Uma
análise inteligente de tudo o que passei em minha vida e em como se deu minha
conversão.
Tento me entender a partir da
mente de Deus. Busco a inspiração do Espírito Santo para compreender todos os
eventos que culminaram com o abandono inexorável de toda uma vida, e mesmo de
uma Fé verdadeira, mas direcionada a Deuses errados e a práticas equivocadas.
A primeira reação do ser humano
ao se deparar com novas situações, principalmente aquelas que o faz ter que
analisar sua vida, aquilo que chamo como “ponto de ruptura”, quando rompemos
com crenças e certezas, é a de buscar a CULPA em alguém ou em algo. Inicialmente,
como novo convertido, quando só tinha tido um encontro rápido, mas marcante com
Deus, cheguei a culpar a esse mesmo Deus. Questionava-me as razões pelas quais,
esse novo Deus, tão cheio de misericórdia teria permitido a que eu vivesse
durante tanto tempo na ignorância das trevas. Por que eu teria que aprender
tanto, lidar com tantas coisas as quais poucos teriam lidado pisar em terrenos
obscuros e achar que possuía alguma Iluminação? Num segundo momento tive que
assumir essa ignorância, e dessa vez me culpei.
Nesse processo doloroso, mas
necessário, hoje eu SEI que realmente Deus tem um propósito na vida de cada um
de seus filhos. E comigo não seria diferente.
Hoje sei que tinha que passar por
tudo que passei. Tinha de “encher meu vaso” com o conhecimento que muitos querem
outros tanto temem e muito poucos alcançam, pois esse mesmo Deus precisaria de
mim como seu Espião, como alguém que pudesse através de sua conversão
verdadeira, alertar e instruir o povo escolhido com o conhecimento do Mal.
Afinal, como encontramos em Oséas
4:6 “O meu povo perece por falta de conhecimento”.
Esse
sentimento de ter sido “usado” por Deus durante toda uma vida não só me trouxe
uma paz interior como me dotou de uma responsabilidade gigantesca. Fazer a Obra
de Deus é algo maravilhoso. Ser servo é um privilégio que deveria ser de todos,
mas poucos o assumem. E pode-se ser servo de várias formas. O Altar é uma
delas. Escrever livros que elucidem ao povo de Deus é outra. Estar em um
programa de televisão que tem como objetivo principal instruir e alertar contra
o mesmo Mal que vivi por tanto tempo, também é uma forma de realizar a Obra. E
não existe distinção no serviço de Deus. Seja administrativamente,
filosoficamente, em funções de atendimento, um Bispo, um Pastor, um Obreiro, um
Evangelista, um membro ou um funcionário da Igreja, todos tem seu papel
necessário na Obra de Deus, e cada um é uma peça fundamental nessa engrenagem
complexa criada pelo próprio Deus.
Trocando
em miúdos: Depois de um bom tempo de questionamentos íntimos, e quando digo
íntimos eram divididos apenas com Deus, recebi a misericórdia e o consolo
maravilhosos do Espírito Santo, finalmente compreendendo meu papel em todo esse
complicado, mas perfeito plano de Deus.
Nas
próximas páginas eu vou leva-lo a conhecer como eu literalmente “caí de
joelhos” à presença e ao poder de Deus. Como eu, que antes buscava erros na
palavra de Deus, consegui encontrar todas as respostas. Como essa mudança
radical de Fé afetou minha vida em todos os aspectos e todo o longo processo de
28 anos para chegar a conhecer a Verdade.
Para
chegar até esse momento passei por sofrimentos nas mais de 40 iniciações em
ordens e religiões, visitei literalmente a porta do inferno (literalmente, pois
estive de frente a mesma), como perdi a vida de meu querido sogro (que era mais
que um pai) para os demônios, e como abri mão de TUDO, títulos, dinheiro, fama
e posição, tudo para me tornar um simples servo do Senhor Jesus Cristo.
Só
posso esperar que essa obra sirva como um “manual”. Não só para os que já se encontram na
obediência da Palavra de Deus, mas como um guia encorajador para aqueles que um
dia como eu, estiveram perdidos e que desejam encontrar o caminho para nascerem
do Deus Vivo e Verdadeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário