quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Estudo sobre libertação - Parte 1

Amigos,

Vou colocar aos poucos um estudo sobre Libertação, como o mal opera e assuntos correlatos!
Espero que gostem e comentem, pois apenas por seus comentário posso saber que estão gostando.
 

A LIBERTAÇÃO

Se há necessidades urgentes na vida daqueles que querem corresponder ao
chamado de Deus, uma delas é conhecer e exercer a libertação. Quando Jesus
nos mandou ir por todo mundo e pregar o evangelho a toda criatura,
estabeleceu sinais que deveriam acompanhar e complementar a nossa missão:

“Em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas... imporão as
mãos sobre os enfermos e eles ficarão curados” (Mc. 16: 17-18).

Note que um desses sinais é expulsar demônios. Ao contrário do que muitos
crêem ou querem crer, a tarefa de libertar vidas do poder demoníaco é de
todo cristão. Embora não sejam necessárias pessoas especialmente
habilitadas para esta tarefa, é necessário que existam “especialistas”,
treinados e que conheçam o oculto e suas artimanhas. As vidas precisam de
libertação e nós precisamos conhecer as nossas armas, a autoridade que o
Senhor nos deu e a maneira como o inimigo opera para podermos ser uma
resposta de Deus às suas necessidades.


1.        O MINISTÉRIO DE JESUS FOI DE LIBERTAÇÃO


Como nosso modelo e referencial, Jesus nos deixou um maravilhoso exemplo a
ser seguido no que diz respeito a confrontar os poderes demoníacos que
escravizavam as pessoas e proporcionar a elas libertação. Desde o início
do seu ministério público, Ele declarou sua missão:

”O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar
os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração
da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e anunciar o ano
aceitável do Senhor”.
(Lc 4: 18-19).

Proclamar liberdade aos cativos e por em liberdade os oprimidos foi uma
prioridade em sua agenda. Inúmeras vezes Ele tratou diretamente com
espíritos imundos que possuíam ou oprimiam as pessoas (Mt.4:24; 8:
16,28-32; 12: 22; Mc.1: 32-34; Lc.4: 33-36,41). Este, aliás, foi um dos
sinais mais visíveis em seu ministério, uma evidência de que o Reino de
Deus havia chegado (Mt. 12: 28-29).


2.        JESUS TREINOU SEUS DISCÍPULOS PARA LIBERTAÇÃO


O Senhor não apenas expulsou demônios, mas ensinou seus discípulos a
fazê-lo. Seu treinamento incluía esta matéria na teoria e na prática.
Vemos Jesus didaticamente falando sobre o assunto (Mc. 9: 17-29; Lc. 11:
21-26), assim como o vemos também levando seus discípulos a praticarem a
libertação (Mt. 10: 8 ). Quando ele enviou um grupo dos seus seguidores
pelas aldeias para um tempo prático no ministério, a Bíblia diz que eles
voltaram entusiasmados com a autoridade que pela primeira vez haviam
exercido sobre os demônios. Diz a Palavra:

“Então, regressaram os setenta, possuídos de alegria, dizendo: Senhor, os
próprios demônios se nos submetem pelo teu nome” (Lc 10: 17).



3. OS APÓSTOLOS E A IGREJA PRIMITIVA MINISTRAVAM LIBERTAÇÃO

O resultado do treinamento de Jesus pode ser visto desde o começo da
história da igreja. Os apóstolos expulsavam demônios, entre outros sinais
que produziam pelo poder de Deus. A Bíblia diz que “até das cidades
circunvizinhas concorria muita gente a Jerusalém, conduzindo enfermos e
atormentados de espíritos imundos, os quais eram todos curados” (At. 5:
16).

E isso não acontecia apenas pelos apóstolos! Lemos que Felipe, ao descer à
Samaria, usava de grande autoridade: “Pois os espíritos imundos saíam de
muitos que os tinham, clamando em alta voz” (At.8:7).
O próprio Paulo, que não foi formado entre os doze apóstolos originais,
expulsava demônios como aspecto normal e abundante de seu ministério.
(At. 16: 16-18; 19: 11-16).


OS NÍVEIS DE INFLUÊNCIA DEMONÍACA

Não só nos tempos bíblicos, mais ainda hoje de uma forma muito evidente,
os demônios escravizam seres humanos, levando-os à miséria e à destruição.
A maioria das pessoas que chegam à Igreja carece de algum tipo de
libertação. Suas vidas estão atadas ou mesmo completamente dominadas por
espíritos malignos e compete à Igreja usar a autoridade que Deus lhe deu
para mudar este quadro em suas vidas.

Para tanto, é necessário que saibamos como agem os demônios e que níveis
de influência podem manter sobre alguém. O trabalho deles é sempre
invadir, conquistar terreno. Muitas vezes, sua ação é de ir entrando
paulatinamente na vida humana, até que consiga completa posse.


O NÍVEL DA OBSERVAÇÃO DEMONÍACA


Ao primeiro nível de influência vamos chamar de “observação demoníaca”.

Trata-se de um cerco constante que toda pessoa tem que enfrentar, mesmo os
cristãos mais santos e maduros.

Pedro afirma: ”Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda
em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1Pe 5:8).
Paulo também diz que devemos usar o “escudo da fé”, com o qual podemos
“apagar todos os dardos inflamados do maligno” (Ef. 6: 16).

Esses textos nos apontam a realidade de, achando alguma brecha, causar-nos
dano. Eles podem lançar dardos de acusação, de enfermidade, de confusão,
de medo, de engano e tantos outros. Isso não significa que têm direitos
sobre nossas vidas, mas apenas que tentam atingir-nos. É claro que quando
uma pessoa não tem a cobertura do selo do Espírito Santo, não exerce fé ou
mantém aberto brechas de pecado em sua vida, ficam como um alvo descoberto
para este tipo de ataque maligno.



O NÍVEL DA OBSESSÃO DEMONÍACA


O segundo nível de influência demoníaca é a opressão. Trata-se ainda de um
assédio externo, mas numa ação bastante intensa e concentrada, a ponto de
produzir uma sobrecarga espiritual, emocional e, às vezes, física. Uma
pessoa obsediada por demônios fica debaixo de tensão e, se não for
ajudada, pode abrir espaço para ações ainda mais danosas. Um bom exemplo
de alguém neste estado é o caso de Saul. A Bíblia diz que um espírito
maligno o atormentava (1Sm. 16:14-23).

O resultado disso era que aquele homem entrava em profunda depressão,
ficando seu estado notório a todos os que o cercavam.

Se a observação é um cerco à distância, poderíamos dizer que a obsessão é
um cerco de perto, quando a presença dos espíritos malignos é tão forte e
intensa que perturba a pessoa e rouba-lhe a paz. As palavras de Davi no
Salmo 116:13 podem nos dar uma idéia do que seja a opressão demoníaca:
”Laços de morte me cercam, e angústias do inferno se apoderam de mim; caí
em tribulação e tristeza”.

Por outro lado, vemos Jesus fazendo um doce convite para aqueles que estão
debaixo esta sobrecarga maligna: “Vinde a mim, todos os que estais
cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11:28).

Durante os processos de “obsessão demoníaca” muitas vezes não há apenas um
cerco
externo de demônios, mas incursões na mente e manipulação da vontade da
pessoa.

Muitas vezes há  uma manifestação na qual a pessoa entra em transe, com
reações e atitudes que não são suas. A prática demonstra que isso pode
acontecer inclusive com cristãos, mesmo que batizados nas águas.

Dependendo do tipo de brecha que a pessoa dá, demônios podem manobrar sua
mente, vontade, emoções e até suas reações físicas.

Este é um assunto bastante polêmico. Muitos rejeitam a ideia de que um
verdadeiro cristão possa ficar endemoniado, mas é importante ressaltar que
apenas após o selo do Espírito Santo esse cristão não dividirá o espaço de
seu ser com um espírito maligno. Além de sempre ter de manter-se
vigilante, para que esse selo não seja “perdido”.

Precisamos entender que o homem é um ser “tripartido”, ou seja, sua
estrutura é formada por corpo, alma e espírito. O Espírito Santo habita no
espírito do homem, sua parte mais íntima. Por isso Jesus disse que “o
espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mt. 26: 41).

Desta maneira, no espírito de um verdadeiro cristão habita o Espírito
Santo, mas a sua alma e o seu corpo são corruptíveis e podem ser invadidos
por demônios, se ele permitir.

Quando Paulo diz aos cristãos: ”Não deis lugar ao diabo” (Ef. 4: 27), é
sinal de que este lugar pode ser dado e podemos estar certos de que ele o
usará. Portanto, seja pela fé, pela ignorância em relação às coisas de
Deus, pela vida de pecado ou por um enfraquecimento da mente ou do
exercício da vontade, um demônio pode se manifestar na vida de um crente e
controlar temporariamente suas ações.

Não deveríamos estranhar esta possibilidade. Pedro era um discípulo de
cristo, verdadeiramente convertido e numa determinada situação foi usado
pelo diabo. A reação de Jesus foi drástica.

A Bíblia diz:
“Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me
serves de escândalo; porque não estás pensando nas coisas que são de Deus,
mas sim nas que são dos homens” (Mt. 16: 23).

O texto paralelo de Mc. 8: 33 também pode enriquecer a ideia de que Jesus
tratou com Satanás “em” Pedro, ou seja, de alguma forma ele entrou e
manipulou as palavras daquele discípulo. Outro exemplo é o do próprio
Saul, que citamos anteriormente. A ação de demônios que começou com uma
opressão, tornou-se uma obsessão, a ponto de ele querer matar Davi
doentiamente, sem nenhum motivo justificável
(1Sm. 18:10,11).

Quando uma pessoa está sob manipulação demoníaca, um estado de confusão se
estabelece em sua mente. Há momentos em que ela toma o controle das ações
e outros em que se deixa guiar pelos demônios. Por isso, aquele que está
procedendo libertação precisa de discernimento a fim de saber se deve
tratar num determinado momento com a pessoa ou com o espírito que a
perturba.

O NÍVEL DA POSESSÃO DEMONÍACA

Uma vez que o demônio que obsediava a pessoa consegue romper sua estrutura
áurica (seu campo de energia), a pessoa manifesta as características do
demônio invasor, mas não definitivamente, apenas por longos períodos de
tempo. Muitas vezes não se conseguirá definir se é a pessoa ou o demônio
que fala e age no momento. O demônio entra e sai do corpo do possesso, a
cada dia aproximando-se mais do nível de Dominação.


O NÍVEL DA DOMINAÇÃO DEMONÍACA

O nível mais terrível de influência demoníaca é a dominação.

Nele, a pessoa está sob completo controle dos demônios, inclusive em seu
espírito. Exatamente por isso a possessão nunca acontece com um filho de
Deus, a não ser que o Espírito Santo o tenha abandonado e,
consequentemente, ele tenha perdido esta condição.

É importante fazermos aqui distinção entre “possessão” e “dominação
demoníaca“:

A dominação é uma manifestação na qual espíritos malignos controlam as
reações de uma pessoa, levando-a a agir de maneira irracional em
determinado momento. Muitos dos insanos que encontram-se em hospícios são
na verdade Dominados. Como vimos, isso pode ocorrer até com cristãos
desestruturados.

Já a possessão, que se manifesta também com um controle do afestado, é um
estado de controle parcial da vida da pessoa por parte de espíritos
malignos. O próprio termo traz a idéia de posse, de propriedade. A Bíblia
cita vários casos de possessão (Mc. 1: 23; 7: 25; Lc. 8: 27).



SINTOMAS DE AÇÃO DEMONÍACA

Há sinais perceptíveis quando uma pessoa está sob manipulação demoníaca.
Ainda que muitas vezes problemas emocionais e até físicos (como
enfermidades mentais) possam ser a causa de comportamentos estranhos, há
sintomas que, no mínimo, devem chamar a nossa atenção para ministrar
libertação sobre uma vida. Vamos ver os principais desses sintomas:


PRISÕES OU AMARRAS

Prisão é a incapacidade de fazer aquilo que se deveria ser capaz de fazer.
Em grande parte dos casos, isso é o resultado da ação de demônios numa
vida. Um exemplo que temos na Bíblia é o de uma mulher que há dezoito anos
andava curvada, sem poder endireitar-se. Jesus expulsou o espírito de
enfermidade que havia nela e logo ela recuperou a postura normal (Lc. 13:
10-16).

Nem sempre haverá um endemoniado, mas a pessoa poderá viver sob limitação
demoníaca toda a vida se não for liberta. Essas amarras podem ocorrer a
nível físico, emocional e até espiritual, podem atingir a esfera familiar,
financeira, ministerial, enfim, qualquer área da vida de uma pessoa.


COMPORTAMENTOS IRRACIONAIS

Uma das grandes qualidades que Deus deu ao homem foi a capacidade de
raciocinar. Quando alguém manifesta atitudes que Deus deu ao homem foi a
capacidade de raciocinar. Quando alguém manifesta atitudes irracionais, ou
tem uma doença mental (que na maioria das vezes é provocada também por
ação demoníaca), ou então está sob controle de espíritos malignos.

Em Lc. 8: 26-33 está a narração de um dos casos mais impressionantes de
dominação maligna. Um homem que vivia nu, nos sepulcros, cortando-se e
agindo com extrema violência foi liberto pelo poder de Deus. Seu
comportamento antes do encontro com Cristo era absolutamente irracional.


DOENÇAS INEXPLICÁVEIS

Outro sintoma de ação demoníaca são as doenças que a medicina não
consegue explicar ou diagnosticar. Muitas vezes, são setas malignas
deixadas pelos demônios ou mesmo podem ser provocadas por espíritos de
enfermidade (demônios) alojados no corpo da pessoa.


ATITUDES DE PERTURBAÇÃO DIANTE DO PODER DE DEUS

Muitas pessoas sentem-se mal ao entrar num ambiente cristão, receber
oração ou ter contato com um crente cheio do Espírito Santo. Estas reações
podem ser de tontura, dor de cabeça, sono incontrolável, confusão mental,
inquietação para deixar aquele ambiente, etc... Quando coisas assim
acontecem, há um forte indício de que a pessoa esteja debaixo de controle
ou forte influência demoníaca.



MANIFESTAÇÕES DEMONÍACAS

Muitas vezes a presença de espíritos imundos em alguém é delatada por uma
manifestação de endemoniamento. Isso pode ocorrer de maneira espontânea,
mas na
maioria das vezes é resultado de um confronto com o poder de Deus. Quando
um espírito maligno que age na vida de alguém entra em um ambiente onde o
poder de Deus está sendo liberado ou tem contato com uma pessoa cheia do
espírito Santo, ele se perturba e manifesta-se através da pessoa de
maneira visível.

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