segunda-feira, 28 de setembro de 2015

O Simbolismo do Antigo Egito (1)

Certamente que você, meu leitor, tem assistido a novel OS 10 MANDAMENTOS.
Então, começo aqui uma série de artigos sobre o simbolismo no Antigo Egito.



A CRUZ ANKH

A Cruz Ankh  (pronuncia-se "anrr" nas línguas semitas como hebraico e árabe a junção das consoantes k e h cria o som de dois r em um fonema a partir da garganta como uma expiração) também vulgarmente chamada de cruz ansata é um dos símbolos maiores do Antigo Egito.

A cruz por sí só é utilizada, nas suas mais variadas formas em diversas culturas e religiões. Ela representaria o princípio do falicísmo.

Explico: Para os ocultistas, o princípio masculino estaria representado na energia espiritual enquanto o princípio feminino representaria a matéria. Então, uma linha vertical seria um dos símbolos do masculino (espírito) enquanto a horizontal seria o feminino (matéria).

Daí uma das explicações ocultistas das razões para a crucificação de Jesus... ou seja, a cruz representaria em sua própria forma física, a transição do Filho de Deus da matéria (trave da cruz horizontal) para o espírito (vertical). Percebamos que a cabeça de Jesus (que representa o espírito contido no homem) encontra-se acima da trave horizontal na crucificação.

Já a cruz Ankh dos egípcios representa a VIDA, particularmente a vida eterna. Essa representação vem da forma da própria cruz que, curiosamente foi retirada das TIRAS DA SANDÁLIA DO FARAÓ...

Isso mesmo, o Anck nada mais é que as tiras de uma sandália. Sim, para os egípcios, apenas o que se movia era vivo...então a vida eterna estaria muito bem representada pelas sandálias do Faraó, que em última instância representava a própria deidade para aquele povo.



É comum se ver imagens em que Deuses Egípcios encostam a cruz Anck no espaço entre a boca e o nariz do Faraó, dotando-o da própria divindade através da vida eterna. Para os Egípcios a palavra tinha muito poder. O mundo teria começado através da humidade e das águas que surgiriam de uma cusparada do Deus Rá.



Os perigos de Hollywood

Na cultura pop, a cruz Ank foi associada pela primeira vez ao vampirismo e à subcultura gótica através do filme The Hunger – Fome de Viver (1983), em que David Bowie e Catherine Deneuve protagonizam vampiros em busca de sangue. Há uma cena em que a dupla, usando ankhs egípcios, está à espreita de suas presas numa casa noturna ao som de Bela Lugosi's Dead, do Bauhaus. Assim, elementos como a figura do vampiro, o ankh e a banda Bauhaus podem atuar num mesmo contexto; neste caso, a subcultura gótica. Possivelmente, através deste filme, o ankh foi inserido na subcultura gótica e pelos adeptos da subcultura, de uma forma geral. Mais tarde a personagem Morte, da HQ Sandman, seria o mais famoso ícone na cultura pop relacionando o ankh e a subcultura gótica.



Então, veremos que, não só a cruz tem sua representatividade em diversas culturas ao longo dos tempo, como a Cruz Anck dos Antigos Egípcios, apesar de representar a vida eterna, não passava de uma representação do movimento e da vida, fundamentaqda nas tiras da sandália dos faraós!

Num próximo artigo falaremos sobre o famoso "OLHO DE HORUS", cujo o próprio nome está errado conceitualmente.

2 comentários:

  1. Muito bom, Sr Fabiano. Gostaria de saber sobre o bode, q todo mundo diz q representa o mal, o que eh verdade e o que eh invenção. E o que esse animal representa no ocultismo.

    ResponderExcluir